Nossa terra é nossa mãe
Convidada para falar no Ciclos Amazônia 4.0 – Ano II sobre demarcação de terras indígenas, Regina Satirê Mawê é uma líder que herdou da mãe a missão de enfrentar temas difíceis. Ela assumiu a coordenação da Associação das Mulheres Satirê-Mawê depois da morte de sua mãe, fundadora.
“Falar sobre esse tema tão importante que é a demarcação me emociona. Minha terra é homologada mas de muitos parentes não. E agora até as terras homologadas estão sob ameaça. É dela que vem a nossas sementes, o artesanato, o nosso sustento, o sustento das nossas famílias. Entender que ela nos pertence é um primeiro passo”, explica Regina.
Regina Satirê-Mawê é ativista desde a infância e segue os passos da mãe na Associação das Mulheres Satirê-Mawê
Regina pondera que perder a terra simboliza uma perda irreparável para os indígenas. “Sem a nossa terra não somos nada, não somos ninguém, precisamos de parceiros que nos ajudem a manter elas”, alerta, completando que muitos indígenas vão para as cidades em busca de condições melhores de vida por falta de políticas públicas que permitam que eles permaneçam em seus lares, seus territórios.