“Nós temos propriedade quando falamos em mudanças climáticas”
Jovem comunicadora, ativista, estudante de biologia, Samela Satirê Mawê sabe do que diz. E ela diz. “Quando nós falamos em mudanças climáticas, nós sabemos do que estamos falando, nós temos propriedade, lugar de fala. E isso é importante e deve ser ouvido!”. Com essa frase ela abriu sua fala sobre mudanças climáticas na segunda edição do Ciclos Amazônia 4.0.
“Não é só uma questão ambiental, é uma questão social também.
Nós não temos relação de superioridade com o território. Quando se quer intervir neste território, fazer extrações ou construir hidrelétrica os poderes devem consultar os nossos povos. Nós precisamos estar no centro dos debates”, alerta ela.
Sâmela Satirê Mawe é uma das lideranças indígenas jovens convidadas para o Ciclos Amazônia 4.0 - Ano II
Com o aumento exponencial da violência contra os povos originários de 2018 para cá – e Sâmela citou exemplos importantes em terras de vários povos – os indígenas vêm pagando com a vida a defesa do bioma. “O que nós falamos é um grito de resistência que queremos que nos ouçam e nos coloquem em prática. Já tivemos por muito tempo pessoas falando por nós. Nós temos propriedade no que falamos, então, nos respeitem”, conclui.