LCA Cupuaçu-Cacau
Com processos sustentáveis e transparentes, o LCA CUPUAÇU-CACAU transforma amêndoas de cacau e cupuaçu em chocolates e cupulates finos no coração da Amazônia.
Mergulhamos nas possibilidades da bioeconomia da sociobiodiversidade e da indústria 4.0 e assim nasceu o Laboratório Criativo da Amazônia (LCA) CUPUAÇU-CACAU. Uma ferramenta de capacitação e prova de conceito, com tecnologias da indústria 4.0 para produzir, a partir de insumos da sociobiodiversidade, produtos de alto valor agregado no coração da maior floresta tropical do mundo. O laboratório vem para impulsionar uma bioeconomia com a floresta em pé, muito mais rentável do que atividades econômicas tradicionais.
A proposta do LCA CUPUAÇU-CACAU é capacitar comunidades locais para desenvolver uma produção escalável, comprovando o potencial de beneficiamento das matérias primas do cacau e do cupuaçu. São chocolates, manteigas e cupulates que chegam direto para o consumidor final numa cadeia 100% rastreável, de baixo carbono e apoiados por tecnologias da 4ª Revolução Industrial.
A partir de janeiro de 2023, o LCA CUPUAÇU-CACAU deve iniciar sua jornada rumo à Amazônia. Sua primeira parada será a comunidade do Surucuá, na Reserva Extrativista Tapajós-Arapiuns, na região de Santarém.
E posteriormente nas comunidades de Corpus Christi no Assentamento da Reforma Agrária PA Moju II (BR-163), no território quilombola Moju-Miri, no rio Moju e na comunidade ribeirinha Acará-Açu, no rio Acará. Os três domos geodésicos que caracterizam a estrutura do LCA serão destinados ao laboratório, sala de aula e serviços.
Dentro do espaço destinado ao laboratório estarão as zonas de pré-processamento, onde inicia-se com a chegada e armazenagem das matérias-primas. Depois seguem para a zona de processamento, onde será dado início ao processo de fabricação do chocolate e do cupulate. E por fim, a zona de fabricação, onde teremos a finalização, embalo e armazenagem em câmaras climatizadas.
LCA CUPUAÇU-CACAU na prática Como criamos o LCA CUPUAÇU-CACAUEm três fases: design, desenvolvimento e capacitações.
Fase 1
Design
A partir de pesquisas acadêmicas e de campo, escolhemos chocolates e cupulates como produtos principais do LCA CUPUAÇU-CACAU. Entre 2018 e 2020 mergulhamos nas cadeias de valor, tecnologias e nos processos de fabricação de ambos.
Os resultados destas amplas e profundas pesquisas resultaram no modelo de desenho do laboratório. As principais conclusões foram:
- O cupuaçu é subutilizado na Amazônia. Atende à indústria alimentícia e à cosmética em processos de agregação de valor sem conexão estreita com as regiões produtoras. O cupulate, que seria o produto de maior valor agregado, praticamente não é produzido em escala;
- O cacau é usado de uma maneira abaixo do potencial – amêndoas de baixa qualidade e venda como commodity para fora da Amazônia. A produção de cacau para chocolate fino acontece em poucos locais e é o grande potencial identificado para gerar uma economia forte.
A partir disso, o LCA CUPUAÇU-CACAU apontou seu foco para propor inovações tecnológicas para cada etapa das cadeias. São sequências de processos que viabilizam a fabricação de produtos de alto valor agregado localmente.
Fase 2
desenvolvimento
Construção e montagem do Laboratório com soluções e desenvolvimentos nas áreas de:
- arquitetura;
- saneamento;
- energia;
- equipamentos;
- software;
- processos;
- material pedagógico das capacitações.
Para conduzir as transformações tecnológicas nos equipamentos e processos, montamos uma equipe diversa e altamente qualificada com engenheiros, chocolateiros, gestores, biólogos e consultores especializados.
Fase 3
capacitações
Levamos o LCA para a Amazônia, implementamos e realizamos exercícios de capacitação e demonstração com cerca de 40 pessoas em cada uma das quatro comunidades. A estratégia de ensino é realizada em eventos locais (cidades, povoados, assentamentos e outras comunidades ).
Quem conduz: um especialista na cadeia produtiva, um especialista em empreendedorismo e novos negócios e um técnico de apoio em ensino e produção.
O LCA CUPUAÇU-CACAU será a primeira experiência da tecnologia exclusiva desenvolvida e testada pelo Instituto Amazônia 4.0. “Estamos felizes e empolgados com a possibilidade de agregar valor a produtos no coração da floresta em processos sustentáveis, transparentes e em sintonia com as comunidades”, destaca Ismael Nobre, diretor executivo do Instituto Amazônia 4.0.