Autonomia financeira está na atuação coletiva
Com os ativos da floresta cada vez mais impactados pelas mudanças climáticas, as mulheres indígenas encontram ainda mais dificuldades em assegurar sua autonomia financeira.
Protagonistas no debate climático e na garantia de fontes de renda complementar para suas famílias, elas se dedicam a criar uma atuação coletiva que garanta uma melhor comercialização de sua produção, seja ela de alimentos ou de artesanato.
Clarice Tukano, que falou nesta segunda-feira sobre autonomia financeira para mulheres indígenas, destacou como o protagonismo feminino associado ao entendimento do cuidar resulta num movimento coletivo.
Fala de Clarice Tukano em fala durante o evento
“Os princípios econômicos dos povos indígenas são o amor, a solidariedade e a fraternidade e tudo o que é em coletivo. A autonomia não se prende somente aos artesanatos com fibras, mas à diversidade de caminhar com a nossa fauna e flora”, pondera.
Temos que ter uma conscientização para os nossos parentes na terra a nossa preocupação como mulheres e associação é que chegue a nossa falta de conscientização de conservar a natureza lá.
Para Clarice é importante que os povos originários debatam seus valores, fazendo uma construção coletiva e valorizando a mão de obra e contexto em que ela está. “Precisamos garantir que o nosso saber cultural seja resguardado e isso passa por continuarmos a nossa arte, que por sua vez garante nossa autonomia financeira”, finaliza.